quinta-feira, 16 de abril de 2009

35 anos depois do 25 de Abril


À semelhança dos anos anteriores, a Autarquia de Santo Tirso promove mais uma exposição invocativa desta data história para o nosso país.
Este ano, a temática é a liberdade na sua máxima expressão e é organizada e dinamizada pelos jovens alunos e professores do Concelho, irão trazer mais tecnologia, mais dinâmica e mais interactividade à iniciativa.
Desta forma, a sua constituição será realizada através de diferentes ateliers temáticos de comunicação audiovisual e multimédia, documentação digital e animação, que serão apresentados e acompanhados, localmente, pelos jovens alunos, nas vertentes da fotografia digital, televisão e imagem, apresentações e jogos interactivos, vídeos e bancos digitais de informação e documentação.

A exposição será inaugurada na próxima segunda-feira e estará patente no átrio da Câmara Municipal até 25 de Abril.

4 comentários:

Anónimo disse...

Interessante. Senâo é um é outro ou outro, pois logo que alguma coisa na Camara se decide, logo o publicam. Se nada têm a ver com a Camara, como dizem, quem vos fornece a informaçâo?

Polvo disse...

Parabéns Santo Tirso, mostra que não te deixas impreessionar por comentários , fora de tempo.

Tirsense de Gema disse...

Santo Tirso Positivo ,força e coragem contra os demagógicos.

Anónimo disse...

As carpideiras


Há umas gerações atrás havia uma espécie, hoje quase extinta, de pessoas, que se vestiam de negro com xailes pelos ombros e lenços na cabeça cuja função era velar defuntos e por eles carpir mágoas. Chamavam-se as carpideiras.

Entretidas em amena cavaqueira, sempre que alguém chegava perto do defunto desatavam em gritos lancinantes e as lágrimas, essas, corriam, abundantes, em suas faces, reflexo de uma dor profunda, normalmente proporcional ao pagamento que mais tarde lhes seria feito.

Hoje ainda podemos encontrar ecos desse pranto, outrora tão popular. Há diferenças, é certo. Hoje já não se vestem de preto mas de corres garridas, e já não usam xailes ou lenços mas antes t-shirts e bonés com grafismos sugestivos.

Mas isto é apenas o acessório, o essencial não mudou, ou seja, choram da mesma maneira, profissionalmente. Choram mesmo não conhecendo bem o defunto. Choram, mesmo que em vida tenham dito cobras e lagartos a seu respeito. Mas choram. E carpem as mágoas, como sempre fizeram, muito profissionalmente.

Para estas carpideiras profissionais dos nossos dias tudo está mal, tudo está defunto. E tudo merece abundantes lágrimas, que é como quem diz, abundantes cartazes.

E choram, e gritam em convulsões. E como dói ouvir os seus gritos. Sobretudo porque sabemos serem meras encenações, ensaiadas vezes sem conta, repetidas à exaustão, preparadas meticulosamente, apenas para impressionar quem passa.

Mas tudo não passa disso mesmo, de uma encenação, de uma peça de teatro, bem ensaiada, talvez, mas com uma história pobre, repetida, sem qualquer interesse.

As acusações repetem-se, as mentiras desfiam-se, a maledicência reina. E tudo é mau, e em tudo diminuem a nossa terra, em tudo encontram defeitos.

Por este andar, um destes dias ainda vamos ver por aí um cartaz gigantesco, num local vistoso, a dizer que, segundo um estudo qualquer, os nossos deliciosos pastéis Jesuítas são os terceiros piores pasteis Lusos ou que há 255 licores mais baratos que o nosso Licor de Singeverga ou ainda que 215 pastelarias fizeram bolachas melhores que as do Mosteiro de Roriz.

E teima-se em não ver, em não querer ver. E teima-se em dizer mal, teima-se em destruir, teima-se em menosprezar. Há quem chame a isto a política de terra queimada. Lá saberão porquê.

Qualquer forasteiro que visite o nosso concelho e veja os cartazes, perdão, as lágrimas das carpideiras locais dirá que somos defuntos, que já não existimos e que só existem ruínas, vestígios do passado. Seremos então uma espécie de estação arqueológica, um Monte Padrão, naturalmente cheia de defeitos e certamente no nº 306 entre 308 municípios, claro, como não poderia deixar de ser…

Mas, a verdade, é que tudo isso não passa de ficção e a realidade desmente, categoricamente, toda esta campanha negra.

Estamos vivos, bem vivos, prontos para os desafios que nos esperam, num mundo de constantes mudanças, prontos para continuar a trabalhar, a fazer e a apoiar quem faz, e por isso desprezamos as carpideiras, quais aves de mau agoiro. Arredem, assim, aqui não têm lugar, nunca.

Os Deputados Municipais eleitos pelas listas do PS – Santo Tirso