segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Social-democratas na Lama...

Recentemente, o PSD/Santo Tirso, a reboque do seu candidato às Autárquicas do próximo ano, visitou a freguesia da Lama. Não sei se nesta comitiva viajava algum daqueles social-democratas que amiúde vêm criticar as visitas de proximidade de Castro Fernandes, que dizem que esses contactos com a população não valem nada, mas em tempo de campanha (mesmo que seja a um ano das eleições) vale tudo, e isso agora também pouco importa. Em causa está, de facto, e mais uma vez, o privilégio que o candidato do PSD à presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso atribui às Juntas de Freguesia que são da cor da sua candidatura. Depois das acções de formação que elegeram como tirsenses de primeira categoria os que vivem na Vila das Aves e em São Martinho do Campo, e atirou para um "segundo campeonato" todos os outros cidadãos do Concelho, João Abreu voltou a escolher uma freguesia social-democrata, e isso em nada nos espanta. Afinal, é nesse terreno que se sente mais confortável. É aí que joga em casa, e quando se joga em casa há sempre mais aplausos!
É claro que nessa visita a “comitiva laranja” – como lhe chamou a imprensa – reservou algumas palavras, sempre pouco amistosas, para a Edilidade e para Castro Fernandes. Em coro com Agostinho Marques, o presidente da Junta de Freguesia local, João Abreu tudo fez para, uma vez mais, atirar para (outra) lama o nome do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. Queixas e mais queixas, na voz de um homem que diz que a Autarquia “ajuda pouco”, e que se autoproclamou responsável por uma “gestão rigorosa” (pensávamos que só José Sócrates e os socialistas defendiam o rigor nas contas, mas afinal é mais um dos aspectos em que o PSD vem dar razão ao PS) que permitiu a realização de algumas “obras fundamentais”. Entre os problemas apontados pelos social-democratas da Lama consta a questão do saneamento básico. João Abreu e Agostinho Marques vincaram que 50% da freguesia ainda não tem infra-estruturas de saneamento, e criticaram o preço da ligação à rede de água pública (cerca de 100 euros), mas esqueceram-se de referir que a Câmara tem em marcha uma campanha que oferece metade desse valor a todos os munícipes que queiram aderir à rede. Como de certeza se tratou de um lamentável esquecimento, o SANTO TIRSO POSITIVO repõem aqui a verdade dos factos.
No seguimento da visita, foi criticada a inexistência de um recreio coberto na EB1/JI da Lama, bem como a falta de um parque infantil e de uma zona destinada à prática de desporto. Pareceu esquecida a não tão antiga assim intervenção da Câmara Municipal na escola, que incluiu a construção de uma cantina, a remodelação das casas de banho e a realização de obras na cobertura, num investimento que, segundo informações divulgadas na altura pela Autarquia, terá ascendido aos 40 mil euros. Pelos vistos não foi uma obra importante… Quanto ao Pavilhão Polidesportivo, prometido há mais de 20 antes, mas que agora, finalmente, está no terreno (deverá ficar concluído dentro de alguns meses), os elementos da comitiva laranja constataram que se trata de uma medida “positiva” do Executivo liderado por Castro Fernandes, mas prefere insistir na ideia de que a empreitada estava desde 1988 nos planos da Câmara. Mais vale tarde do que nunca, diz a sabedoria popular. Dizemos todos, se tivermos bom senso. Mas para o PSD, esse aspecto é mais relevante do que o facto de estar finalmente a andar uma obra que, durante duas décadas, parecia enguiçada. É um modo de ver a coisa...

Imagem do site Santo Tirso Digital

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